O acesso à habitação continua a ser um desafio para os jovens portugueses. Embora o Governo tenha criado medidas como a isenção de IMT e garantias públicas para facilitar a compra da primeira casa, uma alternativa importante ficou de fora: o leasing imobiliário.

Esta solução permite financiar 100% do valor do imóvel, sem entrada inicial, o que a torna especialmente atrativa para quem ainda não conseguiu juntar poupanças. No entanto, em Portugal, o leasing imobiliário é pouco utilizado por particulares, devido a obstáculos fiscais e pouca divulgação.
A Caixa Geral de Depósitos é atualmente o único banco com uma oferta ativa nesta modalidade para habitação.
Mesmo com as vantagens claras, como o financiamento total e a possibilidade de aquisição do imóvel no final do contrato, o leasing enfrenta penalizações em impostos como o IMT, IMI e AIMI, tornando-se menos competitivo em relação ao crédito tradicional.

A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) tem apelado à inclusão do leasing nos apoios à habitação jovem, defendendo a eliminação das penalizações fiscais e o reconhecimento desta alternativa como legítima e eficaz.
Em 2023, foram feitos apenas 428 contratos de leasing habitacional, um número reduzido que reforça a necessidade de mudar a legislação e promover esta opção junto do público jovem.

Numa altura em que o mercado imobiliário impõe grandes barreiras aos mais novos, explorar soluções como o leasing pode ser essencial para tornar o acesso à habitação mais justo, inclusivo e acessível.