Isenção de IMT e Imposto de Selo para jovens já custou quase 116 milhões de euros ao Estado A isenção de IMT e Imposto de Selo para jovens até 35 anos, em vigor desde agosto de 2024, já representou uma despesa fiscal de quase 116 milhões de euros em apenas cinco meses. A medida visa facilitar o acesso à primeira habitação própria, mas tem um impacto relevante nas contas do Estado. Entre os benefícios fiscais com... 09 jul 2025 min de leitura Entrou em vigor em agosto de 2024 e, em apenas cinco meses, a medida que isenta os jovens do pagamento de IMT e Imposto de Selo na compra da primeira habitação já representou uma despesa fiscal de quase 116 milhões de euros para o Estado português. Segundo um relatório da Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax), entregue ao Parlamento, este apoio dirigido a jovens até aos 35 anos teve um impacto significativo nas contas públicas: 90 milhões de euros referentes ao IMT Jovem e 25,8 milhões de euros pela isenção de Imposto de Selo. A U-Tax analisou o conjunto dos 540 benefícios fiscais existentes em Portugal e revelou que 180 deles registaram uma despesa superior a um milhão de euros em pelo menos um dos anos entre 2021 e 2024. A isenção de IMT para jovens é uma das novidades que passou a integrar este grupo de maior peso orçamental em 2024, refletindo o aumento da procura por habitação própria por parte da população jovem desde a entrada em vigor da medida. Entre os benefícios fiscais com maior expressão, continua a destacar-se o Regime dos Residentes Não Habituais (RNH), cuja despesa atingiu os 1.541,3 milhões de euros em 2024. Embora o regime tenha terminado no início do ano passado, manteve-se um período de transição que permite aos antigos beneficiários usufruírem do estatuto por até 10 anos. Também o IRS Jovem registou um crescimento expressivo, passando de 13,3 milhões de euros em 2021 para 120 milhões em 2024. Outros apoios relevantes incluem as deduções à coleta relacionadas com fundos de pensões, o Regime Público de Capitalização e os PPRs, com um custo de 97,6 milhões, bem como a dedução do IVA em faturas comunicadas, que somou 124,4 milhões de euros. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado